10 Dicas para fazer fotos criativas
Tirar um simples retrato de uma pessoa é relativamente fácil: centrar o
rosto e disparar. Mais um retrato, nada de novo. E se aprendesse a tirar
retratos espectaculares, daqueles para onde nos apetece ficar a olhar
para sempre, de tão criativos e fascinantes que são? Comece a praticar
com estas dicas.
Mudar de perspectiva. O retrato
é a representação de uma pessoa e, como tal, tem como principal
objectivo captar o seu rosto, expressão e estado de espírito. Nesse
sentido, os retratos são normalmente tirados ao nível dos olhos mas não
tem de ser exclusivamente dessa forma. Porque não experimentar
fotografar de cima ou de baixo? Um ângulo completamente inesperado pode
revelar-se um retrato interessante e original.
Cenários de fundo invulgares.
O branco ou o preto são os cenários de fundo mais populares no que toca
a retratos, o que é perfeito se quiser uma imagem simples e
minimalista. No entanto, pode e deve experimentar com outros tipos de
fundos, introduzindo cor, texturas e contextos diferentes para alterar
substancialmente toda a fotografia. Experimente.
Olhos nos olhos?
Tradicionalmente, quem está a ser fotografado para um retrato olha
directamente para a máquina ou então ligeiramente para baixo, de forma a
envolver quem irá observar a fotografia. Nada de errado aqui. Mas, para
criar um retrato ainda mais atraente, peça à pessoa para olhar para
fora do campo de visão da câmara. Quem vê vai ficar imediatamente
curioso: para onde estará a olhar? Está a gostar do que vê? Porque será
que se ri? Em alternativa, pode introduzir um segundo elemento na imagem
– pode ser outra pessoa ou um objecto – no qual o principal elemento
fixa o olhar e cria uma ligação. Ambas são excelentes formas de
dinamizar um retrato e, de certa forma, contar uma história.
Rosto completo.
Outra forma de inovar é utilizar em pleno o rosto a fotografar, ou
seja, preencha por completo o enquadramento apenas com o rosto da
pessoa, mais nada. Não há melhor forma de captar a atenção de quem olha
e, afinal de contas, trata-se de um retrato não é verdade?
Zoom.
Aproveite o zoom ou então uma lente de longo alcance para fotografar
apenas uma parte da pessoa – olhos, mãos, boca, nariz, nuca, tronco,
pernas… mas isso não é um retrato!? É um retrato original que desperta a
curiosidade e a imaginação de quem vê, até porque muitas vezes o que
não foi fotografado pode dizer mais do que tudo aquilo que foi realmente
captado pela máquina.
Brincar com a luz. Em
fotografia os efeitos da iluminação natural e artificial são
praticamente ilimitados, sendo, por isso mesmo, bons aliados para
conseguir retratos fantásticos. A luz lateral pode criar um ambiente
específico, enquanto a luz posterior ou sobre a silhueta da pessoa pode
esconder algumas das suas feições, de forma a conseguir um ar dramático.
Faça muitas experiências e surpreenda-se.
Pose vs. Natural. Enquanto
representação fiel de uma pessoa, um retrato está geralmente associado a
poses estáticas, o que muitas vezes não faz nada em termos de
contribuir para uma fotografia original e apelativa. Um retrato também
pode ser tirado sem a pessoa estar a contar, ou seja, fotografe-a num
ambiente familiar a fazer coisas de forma natural para conseguir um
momento especialmente realista. Para tornar a experiência ainda mais
produtiva, coloque a máquina na função de disparo contínuo para tirar
uma série de fotos que captam movimentos sucessivos e a partir das quais
pode escolher a melhor, ou então exibi-las em conjunto… não deixam de
ser um retrato.
Moldura real. Em vez de
fotografar exclusivamente o rosto de uma pessoa, procure emoldurá-lo com
recurso a outros elementos como uma janela, porta, gradeamento, uma
pequena abertura ou mesmo utilizando as suas próprias mãos. O resultado
será um retrato com elevado interesse e profundidade, porque a
existência da moldura direcciona a atenção de quem vê para algo muito
específico, como a expressão dos olhos ou da boca.
Trocar o formato.
Tradicionalmente, os retratos são tirados com a máquina posicionada de
forma vertical – porque não quebrar as regras e disparar horizontalmente
para variar? E quem diz vertical e horizontal, também aplaude o
fotografar com recurso a um ângulo diagonal para um toque artístico e/ou
irreverente. Os resultados serão certamente diferentes, mas igualmente
ou ainda mais apelativos ao olho.
Fotografia em movimento.
Embora a tradição aponte para os retratos como sendo imagens
completamente estáticas, não há nada como introduzir um pouco de
movimento para dar uma nova vida a um velho retrato. Existem três formas
de conferir acção a um retrato: a própria pessoa pode mexer-se; o
elemento principal mantém-se estático mas introduz-se um elemento activo
no cenário; mexe-se a câmara fotográfica ou a sua lente de forma a
conseguir um zoom burst (técnica que requer uma velocidade de obturação
baixa e zoom na lente enquanto se dispara). Independentemente da forma
escolhida, terá de certificar-se que utiliza sempre uma velocidade de
obturação suficientemente baixa para conseguir captar o movimento ou
então, em alternativa, seguir os movimentos de quem fotografa, mas com
uma velocidade de obturação igualmente veloz para poder congelar esse
gesto.
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